A Terapia de Reposição de Imunoglobulina (Ig) é uma das terapias mais importantes. Da mesma…
Hipogamaglobulinemia Transitória da Infância: Entenda aqui!
Quando os níveis baixos de anticorpos persistem após os 6 meses de idade, deve-se suspeitar de Hipogamaglobulinemia Transitória da Infância.
Leia até o final e saiba mais sobre o assunto!
A Hipogamaglobulinemia Transitória da Infância
No início os bebês recém-nascidos são incapazes de fazer os seus próprios anticorpos (também chamados de imunoglobulinas, gamaglobulinas ou simplesmente Ig). Ao invés disso, os bebês vão depender dos anticorpos que a mãe passa nas últimas semanas da gravidez pela placenta. Esses anticorpos são importantes na proteção dos bebês contra as infecções nos primeiros meses de vida.
De maneira gradual, o sistema imune humoral do bebê amadurece e começa a produzir seus próprios anticorpos entre os 2 e 5 meses de idade. As vezes, leva mais tempo do que se espera para uma criança produzir os níveis adequados de anticorpos; isso é a Hipogamaglobulinemia Transitória da Infância.
Se estima que uma em cada mil crianças tem a Hipogamaglobulinemia Transitória da Infância. Como as imunoglobulinas não são avaliadas de forma rotineira durante a avaliação pediátrica de crianças, então essa condição é comumente subdiagnosticada.
A princípio a causa é desconhecida, mas acredita-se que seja devido às células B (células que fazem os anticorpos) levarem mais tempo para amadurecer do que é o normal.
Algumas crianças com a Hipogamaglobulinemia Transitória da Infância podem não mostrar os sintomas. Por outro lado, outras têm infecções que são recorrentes a partir da infância.
Os sintomas e os tratamentos dessa condição
Infecções recorrentes do trato respiratório superior, em especial as infecções de ouvido, são comuns de acontecer; embora bronquite e/ou pneumonia e infecções do trato gastrointestinal podem acontecer. Ainda tem sido relatadas infecções graves como meningite e/ou sepse.
Por definição o transtorno deve se resolver de forma completa antes dos 6 anos ou ainda até os 10 anos de idade.
Por outro lado, as crianças que são afetadas com infecções oportunistas, atopia ou autoimunidade, podem ter um prognóstico mais complicado e ainda desenvolver sequelas.
Para as crianças com sintomas o objetivo do tratamento é prevenir a infecção, bem como evitar as sequelas. Em aquelas que continuam a ter infecções mesmo ao receber profilaxia com antibióticos, aTerapia com Imunoglobulina (Ig) deve ser aplicada.
Os estudos de grupo assim como a experiência clínica, tem mostrado de forma clara que a Terapia com Imunoglobulina não prolonga o curso natural da Hipogamaglobulinemia, ao invés disso, existem evidências que apontam que a resolução do quadro se dá com maior frequência nas crianças que recebem a Imunoglobulina.
Quando bem desenhada e aplicada por profissionais experientes, a terapia com Imunoglobulina é muito bem tolerada e resulta no desenvolvimento normal da criança.
Você achou que o artigo foi útil? Quer saber mais sobre a Terapia com a Imunoglobulina? Veja o nosso vídeo sobre o assunto.
Dr. Javier Ricardo Carbajal Lizárraga
CRM/SP 92607. RQE 21798.
Especialista em Alergia e Imunologia
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